Sabe aquelas histórias que a gente escuta e pensa “ah, isso só acontece em filme”? Pois então, segura essa: imagina uns garimpeiros lá no sossego de um rio mineiro, de repente, pá! Topam com uma pedra bruta, daquelas graúdas mesmo, brilhando mais que botão de casaco novo. Não era pedra comum, não senhor. Era diamante! E dos grandes, viu? Coisa de quase 650 quilates. Parece mentira, mas aconteceu agorinha mesmo, em meados maio, lá pras bandas de Coromandel, no Alto Paranaíba.

A cidade, que já tem o garimpo no sangue, entrou em reboliço. E com razão! Pensa bem: é “só” o segundo maior diamante que já saiu desse chão brasileiro. Um achado desses coloca Coromandel de novo no radar do mundo todo, na rota das pedras que valem ouro (ou mais!).

O que é esse Diamante do Rio Douradinho?

Essa pedra que apareceu lá pras bandas do Douradinho, na cidade de Coromandel, é de respeito. Pesa exatos 646,78 quilates. Pra quem não é do ramo, isso é um absurdo de grande pra um diamante!

Como é a pedra: Pelas fotos que andaram mostrando, ela é grandona e tem uma cor meio amarronzada. Mas ó, os entendidos já tão falando que pode ser só a “maquiagem” do rio, a sujeira. Vai que depois de um banho e um trato (a tal da lapidação), ela fica mais branquinha? Só esperando pra ver.

Quanto vale o bruto? A conversa na cidade é que a pedra vale uns R$ 16 milhões. É dinheiro que não acaba mais, né? Mas, segundo quem manja, se fosse um diamante extra, branquinho ou rosa, sem defeito, aí o preço ia pra lua. Mesmo assim, pensa na sorte de quem achou essa belezura na bateia!

Onde tá a pedra? Dizem as boas (ou más) línguas por lá que o diamante já mudou de dono. Quem achou, pelo jeito, já fez o pé de meia que todo garimpeiro sonha.

Essa descoberta toda dá mais força pra fama de Coromandel, essa terra que parece ter um ímã pra diamante.

Diamante de Coromandel, representação.

Coromandel: onde a terra guarda Diamante (e história)

Essa não é a primeira vez que Coromandel deixa o mundo de queixo caído. A cidade tem o garimpo na certidão de nascimento, praticamente. Uns contam que os portugueses que chegaram primeiro, lá pelos idos do século XIX, vieram da Costa do Coromandel, na Índia, justamente farejando diamante. Outros dizem que o nome veio de um erro de escrita de “Curimandela”, nome antigo da paróquia. Verdade ou não, o nome ficou e a fama também.

Desde aquela época, a vida em Coromandel tem o ritmo da peneira no rio, da esperança de achar a pedra que muda a vida. Foi lá que encontraram o maior diamante do Brasil até hoje: o “Getúlio Vargas”, um colosso de 728 quilates, pescado lá no Rio Santo Antônio do Bonito em 1938. O bicho é tão famoso que virou até estátua na cidade, pra comemorar os 100 anos.

Agora, com esse novo achado de 647 quilates, Coromandel carimba de novo o passaporte de “terra dos diamantes”. É bem como diz a moda de viola do Goiá, filho da terra: “Coromandel, o fragmento mais radioso, o diamante mais formoso dos garimpos do Brasil”. Tem base?

Falando um pouco de Coromandel…

Mas nem só de pedra brilhante vive Coromandel. É uma cidadezinha mineira lá no Alto Paranaíba, com seus quase 30 mil moradores. A economia, claro, sente o peso do garimpo e da mineração, mas o povo também vive da roça, da agropecuária.

A cultura ali é a cara de Minas: tem o causo do garimpeiro, a sanfona chorando no forró, a fé, as tradições… A cidade, que já pertenceu a Patrocínio e virou município em 1923, ainda tem aquele ar de interior, sabe? Mas com aquela agitaçãozinha constante de quem vive na expectativa da próxima grande descoberta.

Esse diamante novo agora dá um gás na cidade, chama atenção, reforça o orgulho do povo. Mostra que, por ali, a sorte pode estar esperando na próxima curva do rio, na próxima bateada.

A magia não acaba

Essa história toda do Diamante de Coromandel de 647 quilates é mais uma daquelas que mostram como o Brasil é rico por baixo da terra. Lembra a gente da sorte grande, da teimosia do garimpeiro, e do poder que uma pedrinha brilhante tem de virar a vida de ponta-cabeça e movimentar sonhos (e muito dinheiro).

Coromandel, de novo, esfrega na cara do mundo o brilho dos seus tesouros. E a gente fica aqui, só imaginando que outras prosas essa nova joia bruta ainda vai render.


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