A descoberta de um diamante gigante em Coromandel atiçou a imaginação pública. As redes sociais e rodas de conversa não param! Foi um turbilhão de informações, algumas corretas, mas muitas delas puramente especulativas. E não é para menos! A ideia de uma pedra preciosa de 646,78 quilates ser encontrada em solo mineiro, berço de tantas riquezas, aguça a curiosidade de qualquer um.
Mas, em meio a tanto burburinho, o que é fato e o que é pura “invencionisse“? Será que esse diamante é mesmo o maior do mundo? Ele foi roubado? Quanto ele realmente vale? Ele já foi vendido?
Nossa Redação escavou fundo nessa jazida de especulações para trazer pra você algumas respostas e fatos sobre a grande descoberta, sem rodeios e sem sensacionalismo. Prepare-se para desvendar e desmistificar alguns dos boatos mais quentes que rondam essa descoberta.
O Diamante de Coromandel é o maior do mundo?
Logo de cara, um dos boatos ainda persistentes que tem circulado pelas redes: “Coromandel agora tem o maior diamante do planeta!”. Quem é garimpeiro sabe a dificuldade que é encontrar um diamante maior que 5 quilates. No entanto, embora 646,78 quilates seja um número estratosférico, a realidade é outra. Alguns grandes diamantes já foram encontrados pelo mundo. Pra se ter uma ideia, o maior diamante encontrado no mundo é o lendário Cullinan, descoberto na África do Sul em 1905, com impressionantes 3.106 quilates.
Então, sim, a descoberta do Diamante de Coromandel é extraordinariamente significativa e rara, um marco importante para a mineração brasileira. Mas não, ela não ocupa o posto de maior diamante do mundo. Mesmo assim, sua dimensão o coloca entre as maiores descobertas dos últimos tempos, especialmente em solo nacional, e isso já é motivo de sobra para nos orgulharmos!
A despeito disso, o Diamante de Coromandel é o segundo maior Diamante encontrado em solo brasileiro, de que se tem registro. Sendo o maior, o “Getúlio Vargas”, também encontrado em Coromandel, com 727 quilates. Ê cidadezinha preciosa, essa Coromandel, não é mesmo?

Getúlio Vargas, o maior Diamante das Américas
Em 1938, Coromandel (MG) revelou o Diamante Getúlio Vargas: 726,6 quilates bruto. O maior já achado nas Américas! De rara perfeição, virou 29 gemas. Uma lenda brasileira que brilha até hoje.
Roubo e venda secreta: pura ficção ou há algo de verdade por trás disso?
“Foi roubado!”, “Já venderam escondido!”. Essas frases pipocaram em grupos de WhatsApp e perfis de redes sociais. A verdade é que o Diamante de Coromandel foi registrado pela ANM (Agência Nacional de Mineração) em uma área com Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) devidamente titulada e sob fiscalização. Ou seja, a coisa toda está dentro da lei e sendo acompanhada de perto.
Diamantes dessa magnitude não são simplesmente “roubados” e “vendidos secretamente” como num passe de mágica. Eles seguem um caminho bem rigoroso, que inclui:
- Registro oficial: A descoberta é comunicada e registrada na ANM.
- Avaliação minuciosa: Especialistas em gemologia analisam cada detalhe da pedra – cor, clareza e, claro, seu potencial para se transformar em joias lapidadas.
- Certificação: Neste caso, o Diamante de Coromandel passará pelo processo de Kemberly, para a certificação de um diamante destas proporções.
- Comercialização transparente: A venda pode acontecer em leilões super especializados ou por meio de negociações diretas com especialistas lapidação e grandes joalherias, sempre com a origem rastreada.
Um roubo ou venda ilegal de uma pedra com esse perfil seria um crime de proporções gigantescas, incrivelmente difícil de esconder, dado o tamanho e o valor do diamante. O registro foi divulgado oficialmente pelo Governo, o que suplanta qualquer informação de possível roubo ou venda ilegal.
Registro do Diamante de Coromandel na ANM
Sim, o diamante existe e, para a alegria de quem valoriza a mineração feita de forma correta, está devidamente registrado! A descoberta não é um conto de fadas, mas sim um evento real, oficializado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) no dia 9 de junho de 2025.
A importância desse registro é imensa. Sendo assim, ele atesta que a pedra foi extraída dentro da lei, por garimpeiros e empesas que tem o direito minerário daquela área em que foi extraído, garante a transparência, o acompanhamento dos órgãos reguladores, como a ANM, e a distribuição dos tributos devidos (como a CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais ). Ainda, auxilia na proteção dos recursos naturais, combatendo o garimpo ilegal.
Desta forma, pode esquecer as teorias da conspiração; a documentação oficial da ANM é clara, confirmando a existência e a origem legal da pedra.

O preço real e o destino da pedra: milhões ou bilhões?
Essa é, talvez, a pergunta de um milhão (ou, quem sabe, bilhões!) de dólares. Qual o valor estimado de um diamante bruto de 646,78 quilates? Olha, o preço de um diamante é determinado por vários fatores como seu peso, cor, clareza e, crucialmente, seu potencial de lapidação. Diamantes grandes e de altíssima qualidade são super raros, e seus valores podem atingir somas que a gente nem imagina.
Estimar o valor de uma pedra desse tamanho varia muito e depende de análises mais aprofundadas sobre sua pureza e cor interna. Mas, podemos afirmar com segurança que estamos falando de milhões de dólares, podendo facilmente ultrapassar a marca dos US$ 10 milhões. E dependendo da qualidade final, depois que ele for lapidado, esse valor pode ser ainda maior!
Até o momento, não há informações de que o diamante já tenha sido comercializado. Inicialmente, a informação era de que teria sido vendido por 16 milhões de reais, posteriormente, nossa redação investigou e encontrou um valor próximo dos 30 milhões de dólares. No entanto, não há provas ou informações concretas da possível venda. Uma possível venda apenas será oficializada após a certificação de Kemberly.
Para onde vai o dinheiro e quem se beneficia?
- O Detentor da PLG: O garimpeiro ou a empresa que tem a Permissão de Lavra Garimpeira tem o direito de explorar e comercializar o minério. É ele quem, inicialmente, se beneficia diretamente com a venda da pedra bruta.
- Impostos e Royalties: A União, os estados e os municípios recebem uma parte do valor da produção mineral por meio da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), que é um royalty pago sobre o faturamento bruto da venda do minério.
- Processo de Comercialização: O diamante pode ser vendido bruto para grandes empresas lapidárias super especializadas em gemas de alto valor. A lapidação de uma pedra desse porte é um processo extremamente técnico e demorado, viu? Leva meses, às vezes até anos, para ser concluída, tudo pra garantir que o valor e a beleza da(s) peça(s) final(is) sejam maximizados.
Conclusão
A descoberta do diamante em Coromandel é, sem dúvida, um marco para a mineração em Minas Gerais e para o Brasil, reforçando nossa posição como um importante player no cenário de gemas preciosas. É um lembrete da riqueza mineral que ainda existe em nosso solo, mas também da importância de que essa exploração seja feita de forma legal e sustentável.
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