Já viu um diamante sob luz negra ou pegando aquele sol mais direto? Às vezes, ele solta um brilho azulado, meio inesperado, quase como um reflexo diferente. Muita gente acha bonito. Outros nem percebem. Esse efeito tem nome: fluorescência.

Isso acontece por conta de umas “impurezas” que se misturam na pedra lá no comecinho da sua história, quando ainda está se formando, bem no fundo da Terra. Elementos como nitrogênio ou boro acabam ficando presos na estrutura do diamante. E aí, quando a luz ultravioleta bate, ele devolve parte dessa energia com um leve brilho — azul, na maioria das vezes. Nada forçado. É como se a pedra acendesse.

O GIA — que é tipo a bússola do mercado de gemas — classifica esse brilho em cinco níveis: nada, fraco, médio, forte e muito forte.

Dá pra ver essa fluorescência no dia a dia?

Olha, dificilmente. A não ser que você esteja numa festa com luz negra ou no sol de meio-dia, é pouco provável que perceba alguma diferença. Em lugares comuns, como escritórios, lojas ou ambientes internos, esse brilho passa batido. É algo bem sutil, mesmo quando presente.

E o valor do diamante, muda com isso?

Depende da cor do diamante. Às vezes, sim. Outras, nem tanto.

Diamantes bem claros (D a F)

Esses são os mais brancos do mercado. Quando têm fluorescência mais intensa, podem acabar parecendo meio opacos sob luz forte — tipo uma névoa leve na superfície. Isso pode influenciar no valor, com descontos que chegam a 20%, dependendo do caso.

Diamantes com um tom mais quente (G a J)

Aqui a fluorescência azulada entra como um trunfo. Ela pode disfarçar aquele leve amarelado da pedra, fazendo ela parecer mais clara do que é de fato. Em algumas situações, esse efeito valoriza visualmente o diamante.

Mas nem tudo é preto no branco

Segundo dados do GIA, menos de 0,2% dos diamantes com fluorescência apresentam aquele visual “leitoso” que algumas pessoas evitam. E a grande maioria deles não mostra nenhum efeito negativo visível a olho nu.

Ou seja, às vezes o mercado exagera um pouco na cautela.

O que você precisa saber antes de comprar

Fluorescência muito forte em pedras D–F: vale a pena olhar com calma. Pode ser que tire um pouco do brilho ou da nitidez.

Fluorescência fraca ou média em pedras G–J: excelente custo-benefício. Elas parecem mais claras e custam menos.

Fluorescência forte em qualquer tipo de diamante: só vendo ao vivo pra saber. Às vezes dá um charme a mais, às vezes não.

E na hora de escolher?

Se puder, veja dois diamantes lado a lado — um com fluorescência e outro sem. Às vezes, a diferença é quase invisível. Outras vezes, ela salta aos olhos. Só dá pra saber testando ao vivo.

Também vale garantir que a pedra tenha um certificado confiável, daqueles que realmente têm peso no mercado, como GIA ou IGI. Isso não é frescura — é segurança.

E pensa no uso da joia: se for algo que você usa bastante ao ar livre, como um anel de noivado, por exemplo, a fluorescência pode até dar um toque a mais quando bate aquela luz natural.

No fim das contas?

Fluorescência é só mais um daqueles caprichos da natureza que aparecem nos diamantes. Às vezes dá um charme a mais, outras vezes merece um olhar mais atento. Mas, sinceramente? Raramente é motivo pra reduzir o valor de um Diamante. E, em alguns casos, acontece o efeito inverso.

Aliás, pode até ser uma boa oportunidade: às vezes, um diamante com um leve toque de fluorescência é mais bonito e mais barato.

E olha, no final, não é o certificado nem o gráfico que vai te conquistar. É o que seus olhos veem e o que você sente. Se aquela pedra faz seu coração bater mais forte, pronto — achou a certa.

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